segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Mais Música, Mais Porto!
Peço desde já desculpa por esta ausência demasiado prolongada...
Este vai ser um post curto em termos de texto mas espero que longo em termos de sentimento.
Tive o prazer de assistir ao DanielaMaiaTrio ao vivo há pouco tempo e gostei bastante. Poderei dizer que bastante o suficiente para me acordar de novo para o Há-de vir a ter um nome melhor...
Aqui fica o Myspace! Espero que gostem ;)
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Será que se vestem?
Acordar de manhã para este mundo cansado e sentir o peso da vida a apertar-me a laringe. O engolir em seco, o contraste dos ombros frios com o peito suado, a almofada moldada ao meu crâneo de forma demasiado perfeita, o sentir do vazio, o quarto, a Terra, o Universo!.. Levantar, tenho de me levantar, sacudir o mais puro ser, vestir o fato do quotidiano, o sorriso, a vida despreocupada. Escovar os dentes e sentir-me aliviado por recordar a rapariga do anúncio do dentrífico. O anúncio estudado e de imagens trabalhadas a computador no qual a cara da rapariga aparece sem qualquer sinal, sem imperfeições, sem nome, sem rosto humano, apenas algo ideal, ninguém, mas ainda assim confortável para muitas pessoas – será que elas também se vestem todas as manhãs?
Se o fazem não aparentam dado os seus problemas serem tão reais, tão facilmente partilháveis com um vizinho, um colega de trabalho ou até um perfeito estranho que partilha o mesmo estabelecimento comercial. Invejo-as e tenho pena ao mesmo tempo. Suponho que o recíproco seja apenas estranhesa. Não! Indiferença.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Aventura
"Decididamente, o sentimento de aventura não vem dos acontecimentos: a prova está tirada. É antes a maneira como os instantes se encadeiam. Eis, creio eu, o que se passa: bruscamente sente-se que o tempo corre, que cada instante conduz a outro instante, esse outro a um terceiro, e assim sucessivamente; que todos os instantes se aniquilam, que é inútil tentar rever algum, etc., etc. E então atribui-se essa propriedade aos acontecimentos que nos aparecem dentro dos instantes; o que pertence à forma é trasladado para o conteúdo. Em suma, esse famoso correr do tempo, fala-se muito dele, mas quase não se vê. Vê-se uma mulher, pensa-se que será velha um dia, somente não a vemos envelhecer. Mas em certos instantes, parece que a vemos envelhecer e que nos sentimos envelhecer com ela: é o sentimento de aventura.
Chama-se a isso, se bem me lembro, a irreversibilidade do tempo. O sentimento de aventura seria, muito simplesmente, o da irreversibilidade do tempo. Mas porque é que não o vemos constantemente? O tempo não será constantemente irreversível? Há momentos em que podemos fazer o que queremos - ir para diante ou voltar para trás, que tanto faz uma coisa como outra; e há outros em que se diria que as malhas se apertaram, e, nesse caso, impõe-se não falhar a cartada, porque a ocasião não se repetiria."
terça-feira, 1 de julho de 2008
Quem escreveu?
"Good morning, miss. Do you think you could spare half an hour for a little conversation?"
Ridiculous. I'd sound like an insurance salesman.
"Pardon me, but would you happen to know if there is an all-night cleaners in the neighborhood?"
No, this is just as ridiculous. I'm not carrying any laundry, for one thing. Who's going to buy a line like that?
Maybe the simple truth would do. "Good morning. You are the 100% perfect girl for me."
Jack Kerouac
É verdade, o autor daquele excerto é Jack Kerouac.
Em vez de estar a contar uma história da vida dele, fica aqui uma bastante boa biografia.
Para quem ja leu On the Road e agora leu aquele excerto deve ter achado um pouco estranho. Na verdade aquele não era um excerto do livro On the Road como foi inicialmente publicado, mas sim uma edição especial, apenas agora publicada, do manuscrito original. Eu consegui arranjar e posso dizer que é bastante diferente - mais pura, mais corrida, frenética... E o melhor é que foi escrita com os nomes originais dos amigos, dos sítios - é uma verdadeira auto-biografia que ele não pretendia, à partida, ver publicada. A verdade é que esta edição conserva os typing errors e algumas palavras inventadas por ele para aproximar mais o registo oral.
Ele escreveu de uma forma muito estranha, deixo aqui uma citação:
"The book was largely autobiographical and describes Kerouac's road-trip adventures across the United States and Mexico with Neal Cassady in the late-40's, as well his relationships with other Beat writers and friends. He completed the first version of the novel during a three week extended session of spontaneous confessional prose. Before beginning, Kerouac cut sheets of tracing paper into long strips, wide enough for a type-writer, and taped them together into a 120-foot long roll he then fed into the machine. This allowed him to type continuously without the interruption of reloading pages. The resulting manuscript contained no chapter or paragraph breaks and was much more explicit then what would eventually be printed."
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Férias do Natal - Marrocos!
No entanto, a parte que mais gostei foi a parte para além do Atlas, onde tudo se começou a aproximar do deserto que eu esperava por isso a reportagem fotográfica foca-se nessa parte da viagem.
A nossa viagem começou em Casablanca onde nos encontrámos com o nosso guia, Zahir, e de onde saímos imediatamente para Marraqueche. Estivemos dois dias em Marraqueche antes de partir para Ouarzazate onde dormimos uma noite e seguimos viagem para o Erb Chebbi, um pequeno deserto perto de Merzouga. Dormimos aí uma noite numa tenda no meio do deserto e pudemos observar o pôr e o nascer do sol no deserto.
No dia seguinte, visitamos a Garganta do Todra onde só tive vontade de escalar as grandes paredes calcárias (mesmo sabendo que não conseguiria grande coisa). Passamos também por Tinehir onde comprei o meu segundo turbante. Voltámos a passar a noite em Ouarzazate - Era o fim de ano!
Finalmente voltámos a Marraqueche onde estivemos a relaxar na Avenida Mohamed V e onde vimos um espectáculo de dança do ventre muito bom num ambiente relaxado ao estilo de puro lounge.
no Erb Chebbi
Uma viagem que gostei muito e que me faz desejar voltar lá, mas da próxima vez, de mochila às costas!
Abraço! E benvindos de volta ao Há-de vir a ter um nome melhor...
Todas as fotos foram tiradas por mim.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Boa Música!
Peço muita desculpa por vos ter deixado durante tanto tempo mas tem estado difícil arranjar um pouquinho de tempo para postar. Por outro lado, hoje vou fazer um post que já ando a preparar há algum tempo e, por isso, espero realmente que gostem e que perdoem a dimensão!
Vou falar de música, portuguesa, de uma banda amadora e aqui do Porto/Gaia. Acontece que um dos guitarristas é um grande amigo meu que conheço desde que eramos apenas bebés e com o qual cheguei a brincar com umas guitarras, djembés, darbukas, berimbau de boca... Obviamente nunca ao nível dele. Eles são os Nanook!
Agora deixo um conselho, vejam a página dos Nanook no MySpace, escolham uma música e deixem-na acompanhar o resto da vossa leitura...
Após uma pequena entrevista com o Gui Morais posso dar-vos agora uma pequena ideia dos Nanook.
Os Nanook começaram a nascer à cerca de dois anos se bem que ainda longe do que são hoje. Pode-se dizer que o estado embrionário da banda foi sustentado com base em três pessoas, o Gui e o Renato nas suas guitarras e o André na bateria. Alimentados com jam sessions na cave do Gui à volta do funk, dos blues, passando por improvisos intermináveis de jazz e de lsd, temperados com inúmeros convidados que por ali passaram para experiementar e acabando por encontrar a fenomenal voz da Diana. O lugar do baixista acabou por ser preenchido pelo David e a banda começou finalmente a assumir a forma que ainda hoje tem. Um mês depois apareceram os primeiros concertos: FCUP, FEUP-Guitarmaggedon, Arcozelo, Matosinhos, Nova Era Café e o último, numa acção de beneficiência da Cerci Espinho, na Nave de Espinho.
Há-de vir a ter um nome melhor... - De onde vem o nome Nanook afinal?
Nanook - O Nanook surge após longas e longas listas de potênciais nomes, e, no meio de tanta indecisão, o andré propõe um simples nome como Nanook, que tinha ouvido numa música do Frank Zappa "Nanook rubs it", que conta a louca história de um esquimó.
Curiosook: O Nanook, na tradiçao esquimó, é o mestre dos ursos.
O primeiro documentario alguma vez feito chamava-se Nanook of the North.
Há-de vir a ter um nome melhor... - Qual a tua música favorita (dos Nanook)?
Nanook - A música favorita é algo bastante difícil de escolher, claro que tenho mais afinidade pelas mais antigas como a Get Out, Change ou Hung Over, mas apenas por me fazerem recordar muitos e bons momentos com a banda. Mas sinto todas de maneira diferente, porque todas têm contextos e evoluções diferentes.
Há-de vir a ter um nome melhor... - Música/Artista favorito?
Nanook (Gui) - Músicas favoritas tenho muitas, mas há aquelas que me fazer arrepiar, como a Shine on You Crazy Diamond ou a versão da Summertime de Janis Joplin, mas há, de certeza, mais de cem que eu posso apresentar como favoritas, e o número aumenta todos meses!
Há também aqueles nomes que me dizem muito como: the Doors, Pink Floyd, Radiohead, Led Zeppelin, Manu Chao entre muitos outros. Actualmente ouço bastante Zappa e os gigantes (e pequenos grandes) do Jazz, como Miles, Coltrane, Scofield, Hancock...
Há-de vir a ter um nome melhor... - Qual é a vossa inspiração?
Nanook - A inspirição? A música e as letras, surgem da natureza do quotidiano e da natureza da experimentação, tudo o resto são pormenores e ornamentos. O estilo passa mais por uma mistura de estilos passeando pelo rock, jazz, blues, funk, reaggae, bossa, basicamente tudo o que nos influencia musicalmente.
Há-de vir a ter um nome melhor... - Projectos para o futuro?
Nanook - Actualmente estamos a tentar encontrar o nosso caminho, uma espécie de conceito aplicável a tudo o que nos rodeia. Andamos também à procura de quem exerça nas mais diferentes correntes artísticas o espírito Nanook para nos acompanhar...

Caso queiram contactá-los: 914966972 ou nanookband@hotmail.com
Termino aqui o meu tributo aos Nanook desejando as maiores felicidades com um abraço especial ao Guilherme Morais.

sábado, 24 de novembro de 2007
Fotografia
Este vai ser o meu primeiro post de fotografia em que todas as fotografias, à excepção de uma, foram tiradas por mim.
Gosto bastante de todas embora mais pela situação/paisagem do que pela "arte" da fotografia.
(original com maior resolução)
(um afluente do Rio Colorado, já no interior do desfiladeiro)
(Esta não é minha!)
Seligman, Route 66, Arizona, EUA
(alegadamente o birthplace da Route 66)

Place Saussure,Chamonix, França
(Estátua do Doutor Paccard, primeiro homem
a chegar ao topo do Mont Blanc juntamente com
Jacques Balmat)

(Yellow cabs, FedEx truck, american flags
and even underground smoke... What else?..)
domingo, 4 de novembro de 2007
Espinho Boulder Contest
Decorreu hoje o Espinho Boulder Contest, um campeonato nacional de Escalada de Bloco. Claro que ao saber ontem que permitiam atletas não federados, eu e os meus colegas de escalada fomos participar. O nosso objectivo era ir lá brincar um bocadinho nos 19 problemas das eliminatórias e acabamos todos por ficar um pouco frustrados pelo o pouco que conseguímos encadear... Aquilo tinha um nível upa upa!
Já estava arranjado e pronto para ver as finais sentado na bancada quando me chamam para o isolamento - ía participar na final de Juniores Masculinos. Quatro problemas giros (onde apertei mais forte que em qualquer outra parte da prova) mas claramente num nível superior. Ainda assim consegui sacar duas bonificações e terminei a prova em quarto. Não foi mau, mas a posteriori senti que poderia ter feito um pouco mais (o que me deixaria na discussão do segundo lugar).
Quanto à experiência, considero que foi muito boa até porque não estava com qualquer pressão competitiva, fui pelo prazer de escalar e nesta semana já tinha escalado 5 dias (o que nunca se faz antes de uma competição). Para além disso, como sabem, comecei a escalar em Julho pelo que nunca esperei um resultado tão evidente. Assim, foi um dia (ou pelo menos uma manhã) tranquila e passada com amigos a fazer algo que gosto.
Quanto aos campeões:
Sénior Masculino: José Abreu (que encadeou o terceiro e quarto problema com uma solidez inacreditável)
Sénior Feminino: Isabel Boavida
Ficam agora algumas imagens!
sábado, 27 de outubro de 2007
Primeiro Post
Parece-me que o primeiro post será o mais difícil de todos e, na verdade, não sei muito bem o que se deve dizer n'O Primeiro Post. Será que devo fazer uma apresentação ou um post normal? Acontece que também que ainda não sei o que será um post normal... Parece-me que a melhor solução será falar um pouco do que espero que este Blog seja e, talvez, apresentar-me ligeiramente.
Em primeiro lugar queria pedir desculpa pelo título. Não era suposto ser um título com piada nem fazer parte de uma piada, eu sempre quis um título interessante. No entanto, não me surgiu nada e acabou por ficar este. Agora, com alguns minutos passados, já começo a desconfiar que, provavelmente, nunca virá a ter um nome melhor.
Em segundo lugar, gostava que o português deste blog se mantivesse correcto pelo que apelo à comunidade de leitores que acuse qualquer erro ortográfico ou gramatical que encontre.
Passando à parte menos aborrecida, vou-me apresentar. Julgo que este parágrafo tem alguma relevância dado que quero reflectir um pouco de mim e da minha forma de viver neste blog.
Sempre trabalhei com ciência e é o que vejo mais próximo de uma vida profissional e de trabalho. No entanto, sempre adorei artes e desporto (que faço desde os cinco anos) e julgo que o Há-de vir a ter um nome melhor... se vai centrar mais nesses últimos assuntos com um possível aroma a filosofia e a crítica social. De ciência já há bastantes tópicos e fóruns de discussão e, como é ligeiramente mais específico, vou tentar manter fora dos posts habituais (mas nunca fora do Blog)
Quanto ao desporto, comecei com a ginástica olímpica o que durou até aos oito anos. Depois, pratiquei initerruptamente desde os nove anos até hoje, Karaté, do estilo Shotokan o que, sem dúvida, me ajudou a formar como pessoa. Pelo meio fui praticando Shaolin, um pouco de Parkour, 6 anos de ski e comecei a escalar recentemente (dia 4 de Julho de 2007) que é o meu mais recente hobbie. Julgo que a escalada vai entrar com frequência no Há-de vir a ter um nome melhor... dado que alia o desporto à natureza e às montanhas que eu adoro.
Relativamente às artes, gosto de tudo! Desde literatura a pintura, stencil, música, dança, teatro, fotografia... Qual o meu contributo? Estudei guitarra durante 4 anos embora não toque muito bem. Pintei alguns quadros em acrílico sobre tela, fiz alguma arte de stencil e gosto de fotografia. Penso que ainda irão ver pedaços da minha arte e, será nessas alturas que gostaria mais de ouvir os vossos comentários sinceros.
Bom, despeço-me antes de vos aborrecer ainda mais e espero que voltem e que o Há-de vir a ter um nome melhor... vos agrade.