sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Boa Música!

Olá a todos!

Peço muita desculpa por vos ter deixado durante tanto tempo mas tem estado difícil arranjar um pouquinho de tempo para postar. Por outro lado, hoje vou fazer um post que já ando a preparar há algum tempo e, por isso, espero realmente que gostem e que perdoem a dimensão!

Vou falar de música, portuguesa, de uma banda amadora e aqui do Porto/Gaia. Acontece que um dos guitarristas é um grande amigo meu que conheço desde que eramos apenas bebés e com o qual cheguei a brincar com umas guitarras, djembés, darbukas, berimbau de boca... Obviamente nunca ao nível dele. Eles são os Nanook!

Agora deixo um conselho, vejam a página dos Nanook no MySpace, escolham uma música e deixem-na acompanhar o resto da vossa leitura...

Após uma pequena entrevista com o Gui Morais posso dar-vos agora uma pequena ideia dos Nanook.

Os Nanook começaram a nascer à cerca de dois anos se bem que ainda longe do que são hoje. Pode-se dizer que o estado embrionário da banda foi sustentado com base em três pessoas, o Gui e o Renato nas suas guitarras e o André na bateria. Alimentados com jam sessions na cave do Gui à volta do funk, dos blues, passando por improvisos intermináveis de jazz e de lsd, temperados com inúmeros convidados que por ali passaram para experiementar e acabando por encontrar a fenomenal voz da Diana. O lugar do baixista acabou por ser preenchido pelo David e a banda começou finalmente a assumir a forma que ainda hoje tem. Um mês depois apareceram os primeiros concertos: FCUP, FEUP-Guitarmaggedon, Arcozelo, Matosinhos, Nova Era Café e o último, numa acção de beneficiência da Cerci Espinho, na Nave de Espinho.

Há-de vir a ter um nome melhor... - De onde vem o nome Nanook afinal?

Nanook - O Nanook surge após longas e longas listas de potênciais nomes, e, no meio de tanta indecisão, o andré propõe um simples nome como Nanook, que tinha ouvido numa música do Frank Zappa "Nanook rubs it", que conta a louca história de um esquimó.

Curiosook: O Nanook, na tradiçao esquimó, é o mestre dos ursos.
O primeiro documentario alguma vez feito chamava-se Nanook of the North.


Há-de vir a ter um nome melhor...
- Qual a tua música favorita (dos Nanook)?

Nanook - A música favorita é algo bastante difícil de escolher, claro que tenho mais afinidade pelas mais antigas como a Get Out, Change ou Hung Over, mas apenas por me fazerem recordar muitos e bons momentos com a banda. Mas sinto todas de maneira diferente, porque todas têm contextos e evoluções diferentes.


Há-de vir a ter um nome melhor...
- Música/Artista favorito?

Nanook (Gui) - Músicas favoritas tenho muitas, mas há aquelas que me fazer arrepiar, como a Shine on You Crazy Diamond ou a versão da Summertime de Janis Joplin, mas há, de certeza, mais de cem que eu posso apresentar como favoritas, e o número aumenta todos meses!

Há também aqueles nomes que me dizem muito como: the Doors, Pink Floyd, Radiohead, Led Zeppelin, Manu Chao entre muitos outros. Actualmente ouço bastante Zappa e os gigantes (e pequenos grandes) do Jazz, como Miles, Coltrane, Scofield, Hancock...


Há-de vir a ter um nome melhor...
- Qual é a vossa inspiração?

Nanook - A inspirição? A música e as letras, surgem da natureza do quotidiano e da natureza da experimentação, tudo o resto são pormenores e ornamentos. O estilo passa mais por uma mistura de estilos passeando pelo rock, jazz, blues, funk, reaggae, bossa, basicamente tudo o que nos influencia musicalmente.


Há-de vir a ter um nome melhor...
- Projectos para o futuro?

Nanook - Actualmente estamos a tentar encontrar o nosso caminho, uma espécie de conceito aplicável a tudo o que nos rodeia. Andamos também à procura de quem exerça nas mais diferentes correntes artísticas o espírito Nanook para nos acompanhar...


Caso queiram contactá-los: 914966972 ou nanookband@hotmail.com

Termino aqui o meu tributo aos Nanook desejando as maiores felicidades com um abraço especial ao Guilherme Morais.

sábado, 24 de novembro de 2007

Fotografia

Olá a todos!

Este vai ser o meu primeiro post de fotografia em que todas as fotografias, à excepção de uma, foram tiradas por mim.

Gosto bastante de todas embora mais pela situação/paisagem do que pela "arte" da fotografia.


Ribeiro Shirakawa, Quioto, Japão
(original com maior resolução)



Grand Canyon, Arizona, EUA
(um afluente do Rio Colorado, já no interior do desfiladeiro)
(Esta não é minha!)

Seligman, Route 66, Arizona, EUA
(alegadamente o birthplace da Route 66)


Place Saussure,Chamonix, França
(Estátua do Doutor Paccard, primeiro homem
a chegar ao topo do Mont Blanc juntamente com
Jacques Balmat)


Fifth Avenue, New York, EUA
(Yellow cabs, FedEx truck, american flags
and even underground smoke... What else?..)


Tóquio, Japão (Shibuya Station? Não me recordo...)
(Cosplay)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Haruki Murakami

Olá a todos!

Vou agora passar à literatura estrangeira, se calhar um "pouco mais estrangeira" do que estavam à espera. Haruki Murakami (2) é japonês e é um dos meus escritores contemporâneos favoritos. Tem uma forma peculiar de escrever, uma espécie de narrativa descritiva caracterizada por ser incrivelmente simples e, ainda assim, capaz de transmitir a ideia com uma precisão notável.
Caso venham a apreciar o seu trabalho verão que o gosto japonês pela fantasia está presente, no entanto, como os personagens e os seus comportamentos são tão realistas, irão parecer perfeitamente normais.

Quanto às suas obras, tenho e já li todas as editadas em português. Aconselho Kafka à beira-mar como a primeira obra a ser lida. De resto, Em Busca do Carneiro Selvagem é outro romance muito bom e Underground, a única obra não ficcionada de Murakami, é um grande livro para quem quiser ficar a conhecer um pouco melhor a mentalidade japonesa (trata do atentado de 20 de Março de 1995 com gás sarín no metropolitano de Tóquio).

Como obra de culto do escritor, aponto, sem dúvida Nejimaki-dori kuronikuru (em português, A Crónica do Pássaro de Corda). Sem dúvida um dos melhores livros da minha vida...

Antes de vos cansar demasiado, fica aqui uma Short Story de Murakami, existem mais na Internet, pesquizem!

P.S. Um exemplo de Gairaigo genial: Andāguraundo o título original de Underground :)

P.S.S. Murakami já correu várias maratonas e adora música - tem uma colecção de 40000 cds/lp de Jazz. Esta paixão aparece em todos os seus livros.

sábado, 10 de novembro de 2007

Noite descontraída de Jazz e Erasmus

Olá a todos!

Ontem à noite fui dar uma volta com uns amigos (escaladores e escaladoras) e fiquei a conhecer um sítio bastante interessante que gostaria de partilhar convosco.

A convite de uma colega de escalada de Zaragoza que está cá devido ao programa Erasmus, decidímos ir a uma festa (ao estilo "festa de Erasmus"). No entanto, antes fomos a um sítio chamado Serv'artes, um espaço interessante com galerias de arte, restaurante e com "café concerto". Assistímos a um concerto de Blues/Jazz de Rui Azul (e a sua banda) onde foram representando a história do Jazz desde os primórdios: o nascimento das blue notes, as canções de trabalho africanas, até aos dias do Cotton Club e daí em diante.

A média de idades do café concerto (falo apenas pela amostra de ontem) será para cima dos trinta e cinco anos e, embora não seja muito económico para estudantes (como eu), penso que seis euros de entrada é aceitável considerando a qualidade do concerto. Recomendo aos amantes destes géneros de música já que apresentam com regularidade, para além de concertos, Jam Sessions, tão favoráveis a este estilo de música.

De resto, a "festa Erasmus", foi exactamente isso, uma festa de estudantes com muitos estrangeiros!

P.S. Tinha um exemplo do que se ouviu ontem mas, para além da qualidade de som estar muito má, ainda não o consegui alojar em nenhum lado...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Um Pouco de Poesia

Olá a todos!

Para que não comecem a achar que o Há-de vir a ter um nome melhor... se resume a escalada, resolvi pôr um pouquinho de poesia. Poderia gastar algumas linhas a dizer porque gosto deste poema mas não quero influênciar o vosso sentimento ao lê-lo e não sinto que consiguisse acrescentar algo relevante.



As minhas filhas nadam. A mais nova
leva nos braços bóias pequeninas.
A outra dá um salto e põe à prova
o corpo esguio, as longas pernas finas:

entre risadas como serpentinas,
vai como a formosinha numa trova,
salta a pés juntos, dedos nas narinas,
e emerge ao sol, que o seu cabelo escova.

A água tem a pele azul-turquesa
e brilhos e salpicos. E mergulham,
feitas pura alegria incandescente,

e ficam, de ternura e de surpresa,
nas toalhas de cor em que se embrulham,
ninfinhas sobre a relva, de repente.

Vasco Graça Moura


Julgo que se pode dizer que é um soneto peculiar dado que é algo raro ver-se um tema tão simples aplicado a uma estrutura tão erudita. Talvez seja essa a sua beleza...

Espero que gostem!
Ivo

domingo, 4 de novembro de 2007

Espinho Boulder Contest

A nossa "Equipa"

Gabriel, Ivo, Nuno e Bernardo!


Decorreu hoje o Espinho Boulder Contest, um campeonato nacional de Escalada de Bloco. Claro que ao saber ontem que permitiam atletas não federados, eu e os meus colegas de escalada fomos participar. O nosso objectivo era ir lá brincar um bocadinho nos 19 problemas das eliminatórias e acabamos todos por ficar um pouco frustrados pelo o pouco que conseguímos encadear... Aquilo tinha um nível upa upa!

Já estava arranjado e pronto para ver as finais sentado na bancada quando me chamam para o isolamento - ía participar na final de Juniores Masculinos. Quatro problemas giros (onde apertei mais forte que em qualquer outra parte da prova) mas claramente num nível superior. Ainda assim consegui sacar duas bonificações e terminei a prova em quarto. Não foi mau, mas a posteriori senti que poderia ter feito um pouco mais (o que me deixaria na discussão do segundo lugar).

Quanto à experiência, considero que foi muito boa até porque não estava com qualquer pressão competitiva, fui pelo prazer de escalar e nesta semana já tinha escalado 5 dias (o que nunca se faz antes de uma competição). Para além disso, como sabem, comecei a escalar em Julho pelo que nunca esperei um resultado tão evidente. Assim, foi um dia (ou pelo menos uma manhã) tranquila e passada com amigos a fazer algo que gosto.

Quanto aos campeões:

Sénior Masculino: José Abreu (que encadeou o terceiro e quarto problema com uma solidez inacreditável)

Sénior Feminino: Isabel Boavida

Ficam agora algumas imagens!

Eu a relaxar depois das provas! Escalar descalço é óptimo!

Eu a relaxar depois das provas! Escalar descalço é óptimo! (cont)

Eu no primeiro bloco da final. (foto de Márcio Parente)

Mais fotos aqui

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Aproveitar o Feriado em Poios...

É verdade, fomos aproveitar este feriado para os lados de Poios, na Redinha. Eu, mais uma equipa de três rapazes e uma rapariga, todos amantes da escalada e dispostos a acordar cedinho num feriado, lá fomos de carrinho hoje de manhã por este país abaixo.

Assim que chegámos, pude constatar a minha insignificância no mundo da escalada. Na minha segunda ida à rocha, treze dias após a minha primeira vez, deparei-me com vias bastante maiores que as que tinha encontrado na Senhora do Salto. Experimentei a escalada em calcário pela primeira vez e tenho a dizer que é bastante bom, mas bastante agressivo a nível dos dedos e da força que exige. Subi (ou, em alguns casos, tentei) umas vias engraçadas mas sem nunca sair do universo dos três níveis mais fáceis da escola: V, 6a e 6b.

Foi mais uma boa experiência e um óptimo dia passado com a natureza e com os amigos!
Aqui ficam as fotografias:



O Daniel a escalar a mais fácil do nosso dia pelos lados de Poios